sexta-feira, 11 de março de 2011

Viver...

"Morre lentamente quem não viaja, Quem não lê, Quem não ouve música, Quem destrói o seu amor próprio, Quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito, Repetindo todos os dias o mesmo trajecto, Quem não muda as marcas no supermercado, não arrisca vestir uma cor nova, não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão, Quem prefere O "preto no branco" E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis, Justamente as que resgatam brilho nos olhos, Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, Quem não se permite, Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da Chuva incessante, Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece E não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o simples acto de respirar. Estejamos vivos, então!»

Pablo Neruda

1 comentário:

  1. Simplesmente, uma das verdades mais duras... A vida são férias que a morte nos dá.. Há que proveitá-la bem ;)

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